22 julho

Como ter um casamento sexualmente saudável?

Uma questão que sempre defendo nas redes sociais é a importância do cultivo da individualidade para a manutenção de uma vida sexual satisfatória. Sem dúvidas este é um elemento primordial para o desejo sexual recorrente. A palavra mesmo já diz: só desejamos o que nos é interessante, só é interessante o que tem vida própria e o que se valoriza antes de ser valorizado.

Outra questão que só é possível através da individualidade é o sentir literal (sentir mesmo, na pele, no corpo) as sensações sexuais. Se a pessoa não se conhece e/ou deixa a cargo do outro a missão de fornecer sensações a ela, a frustração é certa. E tal sentimento vem carregado de outros que torna a relação uma torre de babel e ninguém se entende mais.

 

Enfim, só se relaciona bem com o outro quem se relaciona bem consigo mesmo. Só sente prazer sexual quem sabe prestar atenção aos sinais do seu próprio corpo. Só se deseja o que é desejável e só é desejável quem tem o que oferecer. Off: Eu poderia escrever dessas frases de traseira de caminhão o dia inteiro (risos).

 

Por outro lado,

uma boa relação, falo de relacionamento mesmo, de tempos, de apresentar a família. Uma boa relação requer intimidade. Ninguém consegue se considerar em um relacionamento quando não se sabe nada a respeito da outra pessoa. Se seus sentimentos e anseios são incertos. É impossível se sentir parte da vida de alguém que não compartilha nada a respeito dela mesma. Também não é possível se relacionar com alguém que não divide nada, que não se abre para nada que é auto suficiente em tudo. Fica no mínimo estranho para não dizer inviável. Neste cenário rapidinho o sexo também vai embora.

 

Ou seja, manter um relacionamento sexualmente ativo depois de certo tempo de relacionamento não é dos malabarismos mais fáceis da vida. Por um lado, tem a individualidade que precisa de espaço e por outro a intimidade pedindo um pouco do individual para si. O casal que consegue equilibrar esses dois fatores encontrou um bilhete premiado. E como todo bilhete premiado, ainda é uma realidade para poucos. Não porque seja inacessível, mas por conta da dificuldade em manter o equilíbrio.

 

Experiências passadas, cultura, modo de criação etc. moldam nossas “regras” internas. E é baseado nessas regras que tocamos nossa vida.

Se temos normas pessoais que não permitem individualidade dentro de um relacionamento a chance dessa balança pender mais para o lado da intimidade é enorme. Também existe o contrário, a pessoa passou por muitas invasões de privacidade e reage de modo a não permitir ninguém se aproximar, nem um cônjuge. Isso explica a grande quantidade de pessoas errando nesse sentido e se perguntando onde o sexo ou até o relacionamento por inteiro foi parar.

Então como equilibrar?

A melhor forma de equilibrar esses dois fatores tão importantes na nossa vida é começando por nós mesmos. Saúde emocional é um bem muito precioso e decisivo na saúde de um relacionamento e de uma vida sexual.

Seguido de diálogo. Uma relação sem diálogo vira um jogo de adivinhar infinito e no final ninguém sabe mais o que está acontecendo. Voa frustração para tudo quanto é lado.

Uma individualidade sadia requer saúde emocional em dia e a intimidade precisa do diálogo. Mas veja, o diálogo só é eficaz quando os envolvidos sabem e desejam se comunicar bem e isso depende, adivinha: de saúde emocional. Portanto: Individualidade saudável leva a intimidade saudável que contribui com a individualidade que por sua vez alimenta a intimidade e por aí vai. São conceitos colados. E a dinâmica desses dois conceitos se percebe onde esse relacionamento se expressa: na hora do sexo, na hora de decisões, na hora dos desentendimentos etc.

Tendo tudo isso em vista, posso te afirmar que não existe uma forma correta de exercer esses dois conceitos chave em um relacionamento (individualidade e intimidade). Um casal saudável só existe dentro desses dois conceitos, se respeitando e compreendendo os seus próprios limites. Todo excesso é prejudicial e o equilíbrio depende das regras internas de cada envolvido e da disposição em renunciar a elas se for preciso.

Já tentei de tudo e nada de sexo!

Eis aqui uma das razões pelas quais aquela ida ao sexshop ou aquela aula de pole dance não foi capaz de trazer o fogo da paixão de volta ao relacionamento. Ou quem sabe, aquela greve de sexo ou aquela última briga monumental. Sexo dentro de um relacionamento é muito mais do que meramente erotização (também importante), mas é a expressão da individualidade de dois indivíduos diferentes dentro de uma intimidade.

 

Neste vídeo dou alguns exemplos práticos de individualidade dentro da intimidade e vice e versa. Depois de assistir, reflita, a quantas anda o seu relacionamento? Espero que te ajude de alguma forma a repensar algumas questões. E deixo aquela mensagem final: se ficar difícil demais fazer por conta própria, conte com um psicólogo para te ajudar!

Um abraço e até o próximo!

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