13 agosto

Como a pandemia pode afetar a vida sexual e como resolver o problema?

Como a pandemia pode afetar a vida sexual e como resolver o problema.

(Texto base para a matéria do Folha Vitória – Publicado dia 07 de Agosto de 2020)

Se você anda sem desejo sexual, saiba que não está sozinho. A pandemia do novo coronavírus, responsável por gerar sensações como medo, ansiedade e estresse, pode sim ser um ingrediente de peso para afetar a libido. Mas o que seria a libido e por que ela é importante em nossas vidas?

“A libido é a energia propulsora que nos leva a ter desejos sexuais. Fazendo uma analogia bem simples com a fome, a libido seria a vontade que te leva a pensar, procurar ou vivenciar o sexo, assim como a fome te leva a comer”, explica a psicóloga e sexóloga Marcelle Paganini.

Segundo Marcelle, a libido é muito importante para a manutenção da atividade sexual, o que faz com que uma libido em baixa dificulte essa necessidade fisiológica do organismo humano.

“Fatores fisiológicos e emocionais, como os causados pela crise da covid-19, podem afetar a libido, assim como desequilíbrios hormonais e doenças. Mas no campo das emoções, em especial, é uma área muito sensível, onde qualquer desordem pode afetar negativamente essa área”, destaca.

“Inúmeras pessoas vieram me procurar e conversar comigo a respeito dessa queda de libido na pandemia por causa do excesso de preocupação, que envolvem, por exemplo, saúde e vida financeira. A pessoa caba ficando mais em casa, mais sedentária e isso acaba influenciando diretamente na vida sexual”, argumenta a fisioterapia pélvica Thais Págio.

Segundo a especialista, a falta de libido é um sinal de alerta de que algo está errado. “Você pode estar com alterações hormonais, tomando uma medicação, estar com comprometimento da parte emocional e psicológica. Vida sexual ativa é sinal de saúde. É uma resposta fisiológica de que tudo está indo muito bem. Então se você não tem libido por muito tempo, algo está errado e você tem que procurar descobrir”, complementa Págio.

De acordo com Paganini, a hora certa de procurar um especialista é quando se percebe que o desejo sofreu uma baixa muito acentuada, permanecendo assim por mais de 30 dias.

“O tratamento é multidisciplinar. Um médico, que pode ser ginecologista, urologista ou endócrino, irá examinar os hormônios bem como a parte física da pessoa e indicar o tratamento medicamentoso se for necessário. Nas questões emocionais, o psicólogo com especialização em sexualidade entra com intervenções terapêuticas cabíveis a cada indivíduo de forma personalizada a fim de colaborar com a retomada da vida sexual e do prazer aos níveis desejáveis”, explica Marcelle.

Caso a falta de libido tenha começado a partir do que se chama de memória do último ato (relação anterior não prazerosa, com problemas como falta de lubrificação, orgasmo, desempenho, dor ou incômodo), é interessante a avaliação com um fisioterapeuta pélvico. “Dessa forma, o profissional irá ajudar na retomada da funcionalidade da região da pelve para que o paciente passe a ter uma vida mais prazerosa”, conclui Thaís.

Texto original: https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/08/2020/como-a-pandemia-pode-afetar-a-vida-sexual-e-como-resolver-o-problema

 

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