
FUJA DO PÊNIS MOVEDIÇO! Como ser Solteira: O filme que tem muito a ensinar para as solteiras e para as casadas.
Bom, algumas semanas atrás assisti ao filme “Como ser solteira” ou originalmente “How to be Single” que trata basicamente de uma garota que namorou por um longo tempo um rapaz e que não sabia como seguir sua vida após o término.
Como toda mulher tem uma amiga das “baladas”, ela acaba se aliando a esta amiga para lhe ensinar a viver uma vida de “solteira” novamente. Ela tem outras amigas no filme, mas o foco no momento são as duas.
Minha intenção não é explicar sobre o filme, mas mostrar a lição do porquê o(s) relacionamento(s) de Alice, a personagem principal, não davam certo.
Primeira coisa! Alice, mesmo na vida de baladas e agitações com a amiga não cansava de procurar algum macho-alfa para preencher o vazio do relacionamento anterior. Ela tinha mil opções, inclusive a mais sensata, de curtir aquele momento de solteira, em pensar nas novas experiências, mas não, pra todos os testosterônicos que ela olhava percebia um possível tampador de buraco (trocadilho!).
Não a culpo por isso. Fomos ensinadas desde crianças em meio a panelinhas e Barbies a vermos o casamento como um alvo trivial na vida de uma mulher. Mas bora cair na real? Os recursos estão a mão de quem quiser e temos material suficiente para quebrar essa babaquice.
Mas por que isso contribuía com o insucesso dos outros relacionamentos de Alice?
Simples: não havia seleção, não havia alma na escolha. Era o primeiro que aparecesse e desse um pouco de atenção e pronto! Escolher um parceiro envolve muita coisa, muito autoconhecimento, aprendizado e tem que ser uma relação onde todos ganham, não dá para confiar só nas emoções afloradas de uma balada (só pra dar uns pegas POOODE). Mas quando se está desesperada para achar um “homi”, você acaba pegando o primeiro que aparecer mesmo, e geralmente erra nesse alvo mal apontado.
Segunda coisa e a mais importante que vi no filme. Um dado momento a amiga-parceira-solteira da Alice (Robin) se cansa de ser trocada por machos e manda uma real bem na lata dela. Ela diz que Alice vive sendo engolida pelo PÊNIS MOVEDIÇO. (Calma não vai pensando safadeza não!)
Basicamente Robin diz para Alice que a amizade delas não se sustentava por conta da ânsia dela em não só procurar por homens, mas também por se transformar em cada parceiro que ela arrumava.
O Pênis movediço funciona assim: Você conhece um cara, acha ele o perfil ideal para ser avô dos seus netos, então baixa o complexo de folha em branco em você. Cuma? A pessoa simplesmente esquece tudo o que fez ela ser quem ela é. Se afasta dos familiares, esquece dos amigos, nunca tem tempo pra mais nada que gostava (a não ser para estar com o boy), cuida dele como se fosse um bebê de 3 dias.Respira o ar que ele respira e começa a gostar do que ele gosta, a frequentar só lugares onde ele está e a vestir o que ele acha legal.
Pronto! Seus amigos não te reconhecem mais e você acha que está feliz. E como no caso da Alice, o boy geralmente decide que você não é tão legal assim. E quem quer estar com alguém sem personalidade? (A não ser que ele anseie e adore controlar sua vida, o que já entra no campo do relacionamento abusivo e dependendo do grau é papo pra consultório tá, miga?) Claro, e quem gasta dinheiro em qualquer coisa sem valor?
E era exatamente isso que acontecia com Alice no filme. Ela não sabia quem ela era mais. Se perdeu em meio aos pênis movediços e se viu triste, sem personalidade e zero amor-próprio.
Tem um momento, antes de Robin mandar a real, que Alice resolve ter um remember com o ex e descobre que ele está noivo de outra, isso em um curto espaço de tempo após o término, e o diálogo dos dois dá a entender que ele acha a atual mil vezes mais interessante do que ela. Lógico que ela sai arrasada.
Quantas vezes abrimos mão de nós mesmas, das nossas amizades, das coisas que gostamos por conta de um ideal machista e sem sentido? Apesar do título do filme, isso serve para qualquer mulher, sejam as comprometidas, solteiras ou casadas. Não caiam nessa furada. Não abram mão de vocês mesmas, e não falo isso por questões somente de feminilidade. Um relacionamento sem a individualidade não se sustenta por muito tempo, fica chato, perde o encanto, cai na rotina. Claro que devemos amar e cuidar do nosso parceiro. Mas ele não é e nem deve ser o único pilar que sustenta a vida, ele deve ser parte importante sim, mas jamais a única.
Ou seja, amiga, cair na armadilha do Pênis movediço é contra indicado em qualquer situação da sua vida. E diferente de muitas outras situações, cair ou não nessa armadilha só depende de nós mulheres. E independente de qual fase você se encontra, viva, esteja, sinta! Seja você mesma, curta estar solteira, saia com suas amigas e fale de como é ser casada, viaje sozinha, vá visitar seus pais, dance, faça curso de pole dance, venda miçanga na praia e o que mais te der na telha.
Enfim, em qualquer situação, não se perca de você mesma, é isso que te mantém feliz e livre! Bju bju e Conta Comigo!
Psicóloga (crp 16/4664) da linha cognitiva comportamental com um pézinho nas contextuais de terceira geração e Sexóloga. Atua em consultório (individual e casal), atendimentos online, cursos, palestras e eventos.
Tags:amor, autoestima feminina, pênis movediço, relacionamento