5 março

Vaginismo, Será que Você Tem? (E como tratar)

Se você sente dores ou simplesmente não consegue ter uma relação com penetração, esse texto é para você.

É espantoso como alguns profissionais da saúde ainda sabem tão pouco (ou nada mesmo)sobre o vaginismo! Muitas vezes confundido com dispareunia (dor durante a relação sexual), o vaginismo tem atingido cada vez mais mulheres em idade sexual.

O vaginismo é uma contração involuntária do músculo da vagina, tornando a penetração de dolorida até impossível, dependendo do caso.

Muita gente já foi para casa com a triste notícia de que estava tudo bem com a sua vagina após passar pelo ginecologista sendo que quase morre de dor só de falar em colocar um pênis lá dentro.Acontece que por se tratar de uma contração muscular, pode ser que esta, só se apresente na hora da penetração. Ou o próprio médico deixa passar despercebido seja por conta da falta de conhecimento da doença ou por pura desatenção. Para muitos profissionais, o assunto entrou em pauta mundo afora a pouco tempo, portanto ainda tem alguns que ignoram ou nunca ouviram falar mesmo.

Sei que vocês estão acostumadas com meus textos cheios de humor, mas neste caso prefiro dar informação de forma mais séria, espero que me entendam. (Mamãe ama vocês rs)

A causa do vaginismo ainda é desconhecida, mas muitos artigos já apontam o fator emocional como principal desencadeador da doença e explicação da sua origem. A relação que a mulher tem com o sexo ou com alguma questão de si mesma, bem como vários processos psicológicos desta natureza pode ser fator determinante para acometimento de vaginismo. Na verdade cada caso deve ser analisado de forma bastante individualizada.

O tratamento é um trabalho em equipe multi, com basicamente três profissionais: o ginecologista (os bem informados claro), um fisioterapeuta pélvico (vagina é músculo people) e o psicólogo (sexólogo bem informado também de preferência).

Com o ginecologista, vamos saber se as taxas hormonais estão “ok” e se o canal vaginal também está saudável (além dos procedimentos ginecológicos de praxe).

O fisioterapeuta fica com a tarefa de trabalhar o músculo da vagina a fim de que ele relaxe e não mais provoque incômodo. Ele também pode passar um tratamento com dilatadores para você dar continuidade na evolução em casa. (Vou convidar uma colega para explicar melhor essa parte)

Já o psicólogo (opa, eu aqui), vai trabalhar dentro de um processo terapêutico o autoconhecimento, a relação da mulher com sua sexualidade, bem como auxiliar a paciente a encontrar o fundo emocional do vaginismo presente. Este profissional também vai garantir que o processo de cura seja suave e eficaz, e não um martírio para essa mulher.

É de extrema importância o trabalho conjunto dos profissionais. Fazer o tratamento com apenas um destes, acredite, pode ser como se proteger do sol embaixo de uma peneira. Pois os três vão cobrir e dar conta de cada aspecto que envolve a disfunção.

Sentir dor nunca vai ser sinônimo que está tudo bem! Sexo foi feito para ser prazeroso e tudo o que for ao contrário disso é anomalia, é coisa ruim, é xô! Não aceite diagnóstico de que está tudo bem e que você “só precisa de relaxar”, ou que “está com frescura para transar”! Procure profissionais de confiança, conceituados e preparados para lidar com o seu caso e a olhar para você como ser humano e não como mais um paciente, não entregue sua intimidade nas mãos de qualquer um.

O tratamento adequado é 100% de chance de cura (é 100% bebê 8) e de vida sexual normal e deliciosa!

Ainda tem dúvidas? Mande uma pergunta para o insta @anima.vc que respondo anonimamente nos stories!

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